Pessimismo, dor aguda a transpassar o peito.
Esse almejar não sei o quê.
Tudo isto se instala no íntimo,
Querendo ganhar espaço e ir crescendo,
Tentando derrubar o equilíbrio
E se fazer existir.
Uma voz ao longe se faz ouvir:
“Agüenta firme e sorri
Desta dor que transpassa o peito”.
O pessimismo não deve existir.
Levanta, te enche de esperança.
Lembra que não mais és criança,
Tens de caminhar por si.
Ilumina o teu semblante,
Mostra otimismo e sê feliz.
Encontrarás sempre pedras e espinhos,
Montanhas e precipícios,
Mas entre eles também haverá
Vales e flores,
Relva macia e estrelas
No céu a te seguir.
20 de fevereiro de 1984.