Espírito andante, por que traz em teu semblante,
A preocupação de manhã até a noite com o teu bem-estar?
E não deixas os teus olhos enxergarem,
A luz da manhã a se irradiar?
E o sol se pondo e as sombras envolvendo a luz do dia
E a noite com seu manto tudo encobrindo?
A flor que se abriu, a gota de orvalho que caiu,
E as águas descendo mansamente pelo rio?
O céu que se estrelou, ou a chuva que lavou a encosta da montanha
E tudo de verde cobriu?
Deixes as preocupações inúteis,
E admires as paisagens que vão se desdobrando a tua passagem,
E agradeça Àquele que te criou
E com a imortalidade te presenteou.
03 de setembro de 1984.