Quantos pecados tenho eu Senhor, para que meus caminhos, sejam eles quais forem, se fechem bruscamente e morra qualquer esperança?
Tenho eu, porventura, mais defeitos que meus semelhantes?
Me pergunto qual a razão, para que ninguém compreenda o meu coração?
Tenho tentado com todas as minhas forças, tempo e entendimento,
Seguir na prática as tuas lições, mas por mais que eu faça, não encontro respeito, incentivo ou compaixão.
Quantas vezes, minha cabeça pende desolada e o olhar fica perdido a fixar o chão, procurando saber o por quê, se o ato que pratiquei foi bom, qual a causa da reprovação?
Ou ainda a palavra que penso transmitir àqueles que me ouvem, um significado de renovação, quase sempre é motivo de dissensão?
Será que meu ser anímico, fala mais alto do que a Divina inspiração?
Ou minhas imperfeições cobrem todos os atos que penso ser do Vosso agrado, nesta tentativa que faço de sublimação?
13 de setembro de 1984.